Terminal de Itaqui será opção para pecuaristas no nordeste de Mato Grosso

O diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, e o representante regional Anísio Vilela Junqueira, participaram de reunião com representantes da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) do Porto do Itaqui, para conhecer o projeto estruturante do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). O encontro ocorreu nesta quarta-feira (11/09), em São Luiz (MA).

Na oportunidade, foi apresentado o projeto que contempla a infraestrutura do Porto do Itaqui para recepção de grãos. O Tegram transformará o Itaqui no principal porto exportador de grãos das regiões Norte e Nordeste do Brasil. O investimento em todo o complexo foi de R$ 600 milhões.

“O que chamou nossa atenção foi a possibilidade de melhoria na logística para a exportação tanto de carne em contêineres refrigerados como animais vivos, principalmente os oriundos dos municípios da região nordeste de Mato Grosso como Vila Rica”, destacou Manzi.

A carne de Mato Grosso vem incrementando sua produção em quantidade e qualidade e o Porto de Itaqui é o que possui a melhor logística para exportação da produção da região nordeste. Itaqui é o porto mais perto da Europa e Ásia e tempo e o valor do frete são fatores que interferem na competitividade do nosso produto.

Com modais ferroviário e rodoviário para receber a produção de grãos, o terminal tem a perspectiva de equilibrar o escoamento da produção do país. Sua posição estratégica, localizado próximo aos mercados da Europa, América do Norte e Canal do Panamá, facilitará o acesso ao mercado asiático.

O início da operação do Tegram representa um marco logístico para o Brasil. Na primeira fase do projeto, estima-se a movimentação de 5 milhões de toneladas de soja, farelo de soja e milho, utilizando um berço de atracação.

Já para a segunda fase, a previsão é que sejam movimentadas 10 milhões de toneladas de grãos anuais, provenientes da região conhecida como MAPITOBA, área formada pelos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, além do nordeste do Estado do Mato Grosso, leste do Pará, oeste da Bahia e norte de Goiás.

Em 2018, o terminal movimentou 6,3 milhões de toneladas. Atualmente, a capacidade operacional do Tegram é de cerca de 7 milhões de toneladas de grãos ao ano.

Além de um berço de atracação, a infraestrutura abrange quatro armazéns com capacidade estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil por armazém), um shiploader (equipamento que transfere a carga para os navios), moegas rodoviárias e moega ferroviária. Quando toda a estrutura estiver finalizada, o Tegram deve receber 80% do volume pelo modal ferroviário e 20% pelo rodoviário.

O consórcio que administra o Tegram é formado pelas empresas Terminal Corredor Norte (ligada à trading NovaAgri, do grupo japonês Toyota Tsusho), Glencore Serviços (da trading Glencore), Corredor Logística e Infraestrutura (braço de logística do Grupo CGG, que tem ainda uma trading e produção de grãos) e ALZ Terminais Portuários (das tradings Amaggi, Louis Dreyfus e Zen-Noh Grain).

Fonte: O Livre

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