Apenas MA e SC mantém residências oficiais para seus vice-governadores com dinheiro público

Apenas dois estados brasileiros – Santa Catarina e o Maranhão – mantém com dinheiro público residências oficiais para seus vice-governadores. Um privilégio inexplicável para a maioria da população num momento de crise em que há necessidade de cortar despesas para garantir serviços básicos aos contribuintes. Para isto os brasileiros foram às urnas movidos pela onda de renovação que elegeu o presidente Jair Bolsonaro e o governador Carlos Moisés da Silva.

Somente com a estadia da vice-governadora Daniela Reinehr na Capital, o Estado gastou R$ 292, 5 mil nos primeiros seis meses deste ano. As despesas incluíram segurança pessoal, motoristas, cozinheiro e até dinheiro em espécie sacado por assessores para despesas do dia-a-dia, que beiram os R$ 100 mil. Uma prática com a cara da velha política, que não pode ser aceita em um governo que se apresentou com a proposta da inovação e com um alinhamento com a proposta de um novo Brasil e uma nova gestão pública.

As moradias oficiais são resquício de um passado onde a classe política detinha privilégios, o que não combina mais com o discurso de moralidade e o necessário enxugamento da máquina pública em benefício de todos, não mais de uma casta apenas. Manter uma residência oficial para a vice-governadora, em bairro nobre de Florianópolis, é uma contradição do novo governo, eleito dentro de uma pauta alinhada com um novo Brasil. Não se justifica mais que os catarinenses paguem esta conta.

O governo catarinense deveria dar o exemplo, cortar na própria carne, como fez o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), que paga o aluguel de sua casa do próprio bolso, como faria qualquer trabalhador de empresa privada. Naquele estado, a mudança representa uma economia mensal de R$ 1,8 milhão por ano. São Paulo, o estado mais rico do país, fez o mesmo e o Palácio dos Bandeirantes deixou de ser moradia e espaço para o contribuinte bancar as despesas de seu ocupante. Também no Paraná, o governador mora em sua própria residência.

Manter um imóvel e uma estrutura que custa caro apenas para a moradia da vice-governadora é um luxo incompatível com a realidade catarinense, um estado diferenciado, progressista, mas que necessita de investimentos em educação, saúde e segurança, entre outras áreas carentes. Este dinheiro seria mais bem aplicado em benefício da sociedade se o governo decidisse se desfazer da casa . A manutenção do imóvel oficial mostra que o novo Brasil não se constrói apenas com discurso. E que Santa Catarina não é o Maranhão.

Fonte: ND MAIS

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